30 de outubro de 2021

ELE SE SENTE EM CASA?


Paulo orou (Efésios 3:17) para que Cristo habitasse nos corações dos santos. O vocábulo "habitar" é a tradução de uma palavra grega composta, formada por duas outras, a primeira tendo o sentido de "viver num lar", e a outra que literalmente significa "para baixo". Paulo orou a fim de que nosso Senhor pudesse viver em nossos corações como Seu lar. Ora, o Senhor já se encontra ali, pelo que o pensamento de Paulo deve ter sido que o Senhor quer sentir-se "em casa" em nossos corações. O tempo verbal fala de uma posição definitiva, enquanto que a palavra que quer dizer "para baixo" fala de permanência. A tradução completa seria: "e assim Cristo se estabeleça finalmente e se sinta completamente à vontade em vossos corações."


Uma coisa é estar na casa de alguém, outra coisa é sentir-se ali completamente à vontade. Nosso Senhor condescende em habitar no coração do pecador salvo pela graça. Que honra é ter tal hóspede em nossos corações. Mas, estamos fazendo-O sentir-se "em casa"? Ele goza de livre acesso a todas as partes de nossa vida interior, ou está impedido por nós disto ou daquilo? É Ele nosso companheiro constante ou em certas ocasiões ficamos ocupados com pessoas ou coisas que sentimos não serem coerentes com nossa comunhão com Ele? É Ele o Senhor de nossas vidas, o Hóspede convidado a ocupar O trono de nossos corações? Muitos têm procurado fazer de Jesus Senhor de suas vidas, mas têm falhado, porque tentam no com suas próprias forças. Ninguém pode chamar Jesus de seu Senhor senão pelo Espírito Santo. Eis porque Paulo orou para que pudessemos ser fortalecidos com poder, pelo Espírito Santo, a fim de que Cristo pudesse estabelecer-se finalmente e se sentir completamente à vontade em nossos corações. O segredo da Soberania de Jesus em nós é o desejo que o Espírito Santo O faça Senhor de nossas vidas, e a confiança no Espírito de que Ele realizará isso por nós. 


Jóias do Novo Testamento Grego, Kenneth S. Wuest, Propriedade Literária da Moody Press,

janeiro de 1996, p. 18,19.