27 de maio de 2011

Deus é muito maior

Teorias sobre novas dimensões fortalecem a ideia de um Criador e sustentador do universo.
Por Trevor Persaud
A compreensão humana acerca do cosmos começou quando o primeiro homem, Adão, olhou para o céu e reparou que, além do sol e da lua, o firmamento tinha uma infinidade de corpos celestes. Milênios mais tarde, instrumentos óticos rudimentares começaram a ser apontados para o céu, mostrando muito mais do que era possível avistar a olho nu. Primeiro, ampliamos nossa compreensão do universo a partir de um planeta com um céu intrigante acima, para um sistema de corpos celestes ao redor do sol; depois, uma galáxia de estrelas. Agora, sabemos que nossa galáxia, de bilhões de estrelas, é uma diminuta parte do universo que inclui imensas superestruturas que contém milhares de outras galáxias – a “Grande Parede”, como os astrônomos as chamam, estruturas a uma distância inimaginável da Terra, calculada em milhões de anos-luz.
Imaginar tamanha grandeza faz com que a mente mais brilhante torne-se como a de Jó: perplexa. Afligido, com o consentimento divino, pelas mais terríveis situações que podem acometer um ser humano, Jó tentou entender os desígnios divinos e foi duramente questionado pelo Senhor, que o desafiou a compreender o funcionamento das estrelas – uma dimensão, evidentemente, muito além do entendimento. Cientistas e filósofos reconhecem que nossa ideia de universo ainda é pequena para a mente infinita de Deus. “A criação é mais vasta do que pudemos compreender até agora”, diz Gerald Cleaver, professor de física da Universidade Baylor, nos Estados Unidos. “Nós, como seres humanos, passamos por fases, compreendendo que a realidade é bem maior do que antes.”
Cleaver e diversos colegas igualmente brilhantes acreditam que a humanidade precisará ampliar sua visão do universo ainda mais: “A vastidão da realidade nos faz apreciar a vastidão do Criador”, diz Robin Collins, professor de filosofia do Messiah College, na Pensilvânia (EUA). “Entro em contato com isso apenas pensando sobre o próprio universo. É um ícone para mim”. Cleaver e Collins dizem que podemos estar mais próximos do que nunca de uma questão básica entre Deus e Jó, expressa na pergunta do Criador a seu servo sofredor: “Você conhece as leis dos céus?” (Jó 38:33). Eles trabalham com uma vertente teórica da física chamada teoria das cordas, especificamente Teoria M – a mesma base de pensamento que deu ao astrofísico britânico Stephen Hawking, um dos maiores gênios da atualidade, a ousadia para declarar, em seu último livro The great design (“O grande projeto”), escrito com Leonard Mlodinow, que a filosofia e Deus são desnecessários.
“Para mim, a Teoria M apresenta um Deus cristão com uma habilidade criativa muito maior do que aquela que jamais pudemos imaginar”, conclui Cleaver. Isso porque a teoria das cordas é tão simples como uma explicação lírica e musical. Cada partícula do universo era como uma pequena e unidimensional corda de violino. As diferentes partículas existiam por causa das diversas maneiras pelas quais uma corda poderia vibrar. Físicos dizem que, assim como vibrações diferentes são produzidas nas cordas de um violino, as vibrações destas cordas podem produzir elétrons e assim por diante. É dessa forma, diz a teoria, que o universo funcionava.

ACIMA DOS CÉUS
Naqueles dias, nos anos 1990, os debates sobre as propriedades exatas das cordas criaram cinco teorias competitivas acerca do tema. Edward Witten, da Universidade Princeton, descobriu uma forma de moldá-las juntas, mas o resultado não era mais uma teoria das cordas. Uma nova tese então surgiu, a chamada Teoria M, que ainda permanece um rascunho tanto, que nem mesmo os teóricos chegaram a alguma conclusão sobre o que poderia ser a letra M. Pode significar, por exemplo, “membrana”. Nos antigos tempos de teoria das cordas, muitos estudiosos chegaram a acreditar que o espaço teria dez dimensões: as três direções que podemos ver; uma quarta, o tempo; e seis dimensões espaciais, diminutas, ao nível das partículas – e só podem ser percebidas por essas “cordas”. Pois a Teoria M inclui na lista uma décima primeira dimensão, na qual muitas outras coisas parecem acontecer. Além das cordas unidimensionais, a décima primeira dimensão revelou objetos multidimensionais, em membranas duplicadas (são chamadas de p-branas, na versão resumida).
Imperceptíveis para nós em nossa capacidade tridimensional, p-branas podem ser tão pequenas quanto cordas ou tão grandes quanto o universo. Na realidade, alguns sugeriram que nosso universo é uma grande p-brana dentro de uma realidade muito maior. A metáfora do violino não parece encapsular tudo isso. Mas, se os experimentos se provarem verdadeiros, a Teoria M pode resolver diversos problemas técnicos que têm mantido cientistas encafifados na tentativa de criar uma unificada “Teoria do Tudo”. No momento, a Teoria M é a melhor oportunidade que os estudiosos têm de chegar a um desenho completo do universo (ver abaixo). Alguns teóricos da Teoria M, Cleaver inclusive, pensam que esse conhecimento pode levar além: o universo inteiro – planetas, estrelas, galáxias, a Grande Parede e tudo o mais – seria apenas uma “bolha” no oceano da existência, coberta com muitas outras coisas.
A vastidão e a multiplicidade do universo torna possível, na Teoria M, uma diversidade de possibilidades e realidades – talvez, mais de 10 mil possibilidades. Não podemos nem alcançá-las e apenas algumas destas realidades seriam capazes de hospedar a vida humana. Isso, sem falar que muitos estudiosos creem firmemente que o universo está sendo continuamente criado – e poderá ser destruído quando essas p-branas colidirem umas com as outras.
De acordo com Hawking, tanta vastidão e diversidade elimina a necessidade de Deus. “A Teoria M diz que muitos universos foram criados do nada”, ele escreve em seu último livro. “Sua criação não precisou de intervenções sobrenaturais ou de um deus. Ao invés disso, essa multiplicidade de universos é gerada naturalmente de leis da física”. Mas o filósofo Robin Collins diz que Hawking não pode escapar de Deus tão facilmente: se o universo surgiu das leis da física, quem estabeleceu tais leis? E por que essa multiplicidade do universo funciona da maneira como funciona? Tentar aplicar a ciência para a questão de Deus, diz Collins, “é onde os cientistas estão tropeçando em sua área de competência”.
“Um dos problemas com estes argumentos é o fato de que colocam Deus em uma caixa pequena demais”, diz Cleaver. “São teorias que retratam a Deus como alguém que apenas preenche as lacunas que a ciência não consegue explicar. Como teístas, precisamos perceber o Criador como a fonte primária; assim, as leis fundamentais da física tornam-se secundárias”. Para o professor, a Teoria M, com sua variedade, momentos ininterruptos e talvez infinitos de novas criações, faz total sentido quando relacionado ao trabalho de um Deus que cria eternamente. “Se Deus é verdadeiramente eterno, infinito e coerente”, Cleaver escreveu em um trabalho de 2006, “devemos esperar que crie eternamente e infinitamente, ou então acreditar que não crie nada de uma vez por todas”. Seria um cientista tropeçando em questões filosóficas? Talvez. Mas Collins expressou pensamentos similares. “Paulo diz no primeiro capítulo da Epístola aos Romanos que a natureza e a criação manifestam os atributos eternos de Deus, seu poder eterno e infinito. Um ser infinitamente criativo pode elaborar mais de um universo; na realidade, muitos deles, e talvez até outros tipos de realidade”.

O LEÃO, O KLINGON E O CARPINTEIRO
Mais uma vez, escritores especulativos de ficção estão à frente dos cientistas. C.S.Lewis incluiu, através de As crônicas de Nárnia, um exemplo clássico de universo amplo na literatura ocidental. Os protagonistas de Os anéirs mágicos (ABU Editora) apresentaram a questão de maneira idílica, através de uma calma floresta através da qual poderiam entrar não apenas na Terra e em Nárnia, mas em inúmeros universos além. No decorrer da história, os heróis enxergam um velho universo destruído e uma nova realidade criada, e encontram o único Senhor de todos eles. Sintomática é a afirmação do poderoso leão Aslam aos jovens Edmundo e Lucia, no fim do livro A viagem do peregrino da alvorada (1952): “Vocês precisam se aproximar do seu mundo agora. E lá, eu tenho outro nome. Vocês precisam aprender a me conhecer por este nome”.
Se Deus criou múltiplos universos, Collins e Cleaver afirmam, provavelmente povoou mais do que apenas um. “Sempre tive problemas em perceber o Deus infinito em quem cremos como o Criador de apenas um foco de vida”, admite Cleaver, “Ao longo de todo o passado e futuro da humanidade, teremos apenas alguns bilhões de humanos interagindo com Deus neste mundo. É um número limitado, que não faz sentido teológico consistente para mim”. Collins fica intrigado com a possibilidade de um Messias com duas, três, ou até um milhão de faces. Desde o Concílio de Calcedônia, em 451, a teologia cristã ortodoxa desenhou uma distinção entre a natureza divina e a natureza humana na pessoa de Jesus Cristo. Não haveria razão, segundo crê Collins, para que a natureza divina de Cristo não pudesse se unir a outras formas de encarnação. “Quem vai redimir os klingons? E sabemos que eles precisam muito de redenção, como descobrimos nos vários episódios da série Star Trek”, diz Robin Collins, fazendo menção ao famoso filme de ficção científica. “Deus, o Filho, sendo infinito como é, poderia tomar a natureza de um klingon – uma natureza humana, como uma versão Klingon de Jesus. Então, a fórmula tradicional, na qual está padronizada a ortodoxia, é bastante compatível com a ideia de um universo plural.”
Se um dia se desvendará ou não a realidade acerca desses universos paralelos, ainda é cedo para saber. Fato é que a ideia de vida em outras dimensões vai colocar diante da Igreja questões teológicas e filosóficas difíceis de serem respondidas. E, segundo observa o próprio Cleaver, neste sentido os católicos estão à frente dos protestantes. Em 2009, o Vaticano convocou astrônomos, biólogos, físicos e outros especialistas para discutir a astrobiologia – o estudo da origem da vida e de sua presença no cosmo. Para um sistema religioso que, no Renascimento, perseguiu Galileu Galilei quando o sábio apregoou que a Terra não era o centro do universo, foi um monumental avanço. “As questões da origem da vida e de se vida existe em outras partes do universo são muito adequadas e merecem consideração séria”, disse na época o padre jesuíta José Gabriel Funes, astrônomo e diretor do Observatório do Vaticano. “As igrejas protestantes deviam estar fazendo o mesmo”, observa Cleaver.
Físicos como ele dedicam tempo na dimensão do que é possível e potencial. Experimentos têm sido feitos em lugares como o Grande Colisor de Partículas europeu para determinar a possível veracidade da Teoria M. Por enquanto, um grande número de cientistas duvida que ela seja algo além de uma coleção de fascinantes e ficcionais equações – e, mesmo que esteja correta, ela não garante a existência de um universo plural. Mas os estudiosos como Colllins e Cleaver lembram que, segundo as Escrituras, Deus pode facilmente sustentar 10 mil universos na palma de sua mão. “A beleza de uma teoria é extremamente importante e sugere que seja um retrato da realidade”, diz Cleaver. E isso não é apenas a fala dele, que é um cristão. É também a argumentação de Cleaver, o físico: “A filosofia da beleza da matemática nos ajudam a escolher qual a teoria que pensamos ser mais correta. Quanto mais unificadora é uma teoria, mais bonita se torna a matemática e maior a possibilidade de ser verdadeira. Este é um conceito universal entre os cientistas”.
Collins argumenta que o universo foi estruturado “para a beleza e a elegância”. Ele relembra Paul Dirac, um famoso físico ateu que, em 1963, disse que é mais importante ter beleza em uma equação do que fazer com que ela caiba em um experimento: “Se é possível enxergar a beleza de um ponto de vista da equação, e se alguém tem um insight destes, tal pessoa está certamente em uma linha de progresso”. “Para mim, isto é mostrar a beleza e a ordem da natureza criativa de Deus”, sintetiza Gerald Cleaver. “É o que permite que tenhamos expectativa na ciência para revelar verdades físicas a nós – como a de que o universo, ou o multiuniverso, não é apenas uma existência do acaso”.


Como um grande violino
Apresentada em 1995 pelo físico americano Edward Witten, a Teoria M é um daqueles enunciados quase incompreensíveis para um leigo. Ela é um desdobramento da teoria das cordas, segundo a qual tudo o que existe, seja massa ou energia, seria formado por espécies de membranas que interagem e se complementam o tempo todo. Algo como as cordas de um gigantesco violino que, dependendo da combinação de notas, geraria infinitas possibilidades sonoras. Basicamente, a Teoria M defende que existem várias outras dimensões além das três conhecidas (altura, largura e comprimento), transcendendo o tempo e a matéria.

Tradução de Karen Bomilcar      

9 de maio de 2011

Que ideia poderosa: retirar-se para estar com Deus!

Os anacoretas foram para os desertos e buscaram ali construir uma nova ordem social, fomentando um modo diferente de existir.
Neste espaço, vamos apresentar oito ideias que moldaram a espiritualidade cristã ao longo de sua história e que podem fazer o mesmo conosco. A primeira delas é definida pelo termo grego anacorese. Em tradução simples, algo como retirada, ou fuga. O contexto dentro do qual ela nasceu é muito interessante. O quarto século da Era Cristã foi um dos pontos de mutação da espiritualidade cristã. Naquele momento, a conversão do imperador Constantino ao cristianismo mudou radicalmente a vida de toda a população que vivia sob Roma – especialmente a dos cristãos, que, até então, eram perseguidos a ponto de pagarem pela fé com sua própria vida.
Através do famoso Edito de Milão, os seguidores de Cristo tiveram os direitos básicos restaurados e viram sua crença ser não só tolerada, como oficializada. Das catacumbas para o palácio; das margens sociais para a evidência urbana; da pobreza para a riqueza; assim, a chamada Igreja de Cristo viu sua posição ser transformada. Todas essas benesses trouxeram como efeitos colaterais a superficialidade e o descompromisso. Ao contrário da perseguição de outrora, ser cristão passou a ser coisa comum. Os templos eram belos e ricos, alguns deles de deuses pagãos tomados à força pelos cristãos que, mutatis mutandis, assumiram o papel de perseguidores.
A Igreja da época deixou de crescer de maneira orgânica e relacional, como fruto do discipulado praticado nas sombras. O foco mudou, saindo do crescimento transformador da massa para um simples processo de atração dos de fora. Enorme diferença! Antes, o cristão convidava as pessoas, através de seu testemunho, para a perigosa jornada de seguir o Filho de Deus. Agora, bastava trazê-las para o conforto dos templos, onde ouviriam a retórica de líderes preparados na arte de esculpir um discurso persuasivo. As liturgias sofreram dramáticas mudanças de contextualização, a fim de atender às necessidades da elite, especialmente aquela ligada ao poder. Não é difícil supor como, neste cenário, os líderes religiosos deixaram de lado a piedade e a retidão para mergulhar num estilo de vida marcado pela politicagem e pela busca de prestígio, poder, dinheiro, fama... Essas coisas com as quais todos nós, crentes do século 21, já estamos tão familiarizados!
A anacorese tem suas raízes naquele momento, quando tudo passava por tremendas transformações. Com o desaparecimento dos mártires – uma vez que ninguém mais precisava pagar com a vida a fé professada –, alguns crentes perceberam a necessidade de salvar o cristianismo da crise. Tornou-se necessário forjar um novo tipo de cristão, buscando os antigos ideais perdidos. Surge então o anacoreta, aquele indivíduo que passa a fazer do retiro o seu estilo de vida. Os anacoretas viram o caos espiritual, político e social do mundo de então, vendo que ele estava condenado nas suas bases. Assim, foram para os desertos e buscaram ali construir uma nova ordem social, fomentando um modo diferente de existir. Mais que isso: refugiaram-se na solidão desértica para melhor interceder pelo mundo. Aqueles cristãos piedosos entenderam que a melhor maneira de combater a degradação era manter distância da mesma, dedicando-se tão severamente a Deus que o maligno iria recuar pelo poder de suas orações. Por mais incrível que possa parecer, a anacorese como modelo de vida fez gerar um dos movimentos espirituais mais importantes da história, que iria influenciar toda a Igreja nos nove séculos seguintes, tornando-se uma das mais proeminentes forças a moldar a civilização ocidental.
Que ideia poderosa: retirar-se para estar com Deus! Como podemos vivê-la hoje? Será que, no nosso atarefado dia, não haverá espaços anacoréticos – momentos de retirada, de ruptura com a agitação, somente para se estar com o Senhor de toda paz? Não seria a própria sala, às vezes tão apertada dos nossos apartamentos, um lugar que poderia ser transformado no nosso deserto momentâneo, num sábado pela manhã, por exemplo, com um espaço de atenta dedicação a Deus, sem interrupções? E o que dizer da hora do nosso almoço? Certamente, há algum lugar de relativa quietude, onde podemos fazer nossa anacorese, nossa retirada para estar com Deus.
Esses pequenos desertos podem muito bem transformar nossas vidas em verdadeiros oásis! Isso porque, desde os primeiros tempos, o poder da anacorese não está no puro e simples isolamento, mas numa retirada temporária, na qual podemos resguardar nossa alma da corrupção de um mundo sem Deus.

4 de maio de 2011

10 dicas: Como identificar um culto a Baal

Zé Luís

Se você é cristão, mas não tem por hábito ler aquilo que faz responder como tal, certamente pode achar que aqui vai invencionice de um editor de blog que é confuso já no nome.

Certa vez houve uma religião que veio contaminar a crença judaica, a única força de defesa em Israel, e o resultado disso foi o início da total bancarrota daquela nação. Embora vivamos numa sociedade que procura mostrar que Deus é um detalhe totalmente dispensável na grande maioria dos assuntos e setores, um cristão – por ser historicamente assim – nada contra a maré, e portanto, sua força está centrada no culto – agora – pessoal a Deus.

Como previsto pelo próprio livro dos cristãos, a atual multiplicação de conhecimentos do fim dos tempos acontece de uma forma jamais imaginada, trazendo insegurança e confusão sobre o que é e o que não é de Deus. Resolvi trazer algumas dicas sobre o procedimento de um culto a Baal, embora possa existir semelhanças no culto a Jesus. Talvez a tal religião citada não esteja tão extinta assim:

1º  Quanto mais, mais eficaz:
O lema de seus cultuadores é quantidade. 400 profetas, 300 sacerdotes, sumo sacerdotes e uma hierarquia infinita de pessoas e cargos. A intenção é mostrar aos seguidores que o tal deus terá que atender as requisições impostas, abrir as comportas do céu, sendo que no topo desta torre, deverá haver o suprassumo dos religiosos da entidade. Afinal de contas, são centenas de pessoas com o mesmo pensamento positivo, e deus fica sem saída, que não seja obedecer as petições, independente do que se requisite ou que propósito mesquinho vai atras daquele clamor. Para cristãos, 2 ou 3 são suficientes(e uma dessas “pessoas” pode ser a Terceira).

2º Baal que se preze, tem sua Jezabel:
Não confunda a personagem com o esteriótipo. “Jezabeis” podem ser homens, mulheres, ou até mesmo casais. Eles empesteiam as lideranças de seus templos com propostas das mais indecentes, em nome do crescimento da religião. Normalmente, correm por fora: gostam de ser o braço direito de líderes honestos, se predispondo a dar qualquer ajuda. Gradativamente, serão “elas” que estarão ditando regras na comunidade, com distorções que podem variar de acordo com sua vaidade. É comum vê-las perseguindo um ou outro dentro das comunidades, e usar seu status alcançado para fazer pesar a mão sobre o desavisado membro (que continua acreditando que está num culto cristão).

3º Melhor efeito quando misturado:
Cultos a Baal podem ser facilmente confundidos com cultos a Jeová, já que o princípio religioso é basicamente o mesmo:”Tenha fé!”, ”Adore ao Senhor!(tradução literal da palavra cananéia)”...

Eles usarão muitos versículos da bíblia. Tenha certeza disso! (você nem sabe quanto ama a Palavra. Por isso, eles misturam. Caso contrário, você não se interessaria)

A imposição de regras e promessas se confundirão gradativamente com a verdadeira vontade de Deus, já que Profetas de Baal proliferam melhor em ambientes onde o seguidor de Jeová é ralo em seu conhecimento nas Escrituras. Ele tende a apresentar “melhoras cultuais” como uma novidade que melhorara o que chama de “as chatas celebrações ao Eu Sou”.

4º  Baal exige sacrifícios físicos:
Mutilações, flagelos, ativismo, cansaço durante prolongadas horas de mantras e cânticos, fazem parte da adoração ao deus cananeu. Não espere que a presença de baal se faça, apesar de tamanho esforço – isso não acontecerá – por que sua fé nunca será suficiente para agradar aos seus caprichos. Ele, Baal, é misterioso e nunca parece estar satisfeito: Ora, manda o benefício, ora, retém, caprichosa e injustamente, sem jamais se dispor a explicar nada. Oras! Ele é um deus e não tem que dar satisfação a seus adoradores!

5º Baal é um deus sexual
Postes ídolos, ou baalins, são símbolos fálicos. Curto e grosso? são imensos postes em formato de pênis. Segundo a crença, esses postes fecundam Astaroth (Rainha dos Céus. Conhece o termo?) que enviam suas bençãos aos seus filhos.

Na época, numa sociedade agrícola, nada mais desejado para terra árida como o oriente médio do que chuva “fecundada” em abundância. Baal trazia essa promessa. Sua sacerdotisa, e rainha de Israel, cultuava o sexo como forma de adoração, e seu poder e persuasão estava baseado nisso. Templos a Baal tem a sexualidade como algo sagrado, valorizando-a, impondo regras confusas, castrando e impondo-a, questionando intimidades, ao contrário de um cristão, que sabe que pecados sexuais não são tão graves como, por exemplo, a soberba e a falta de perdão.

Baal valoriza mais o sexo, e os pecados éticos e morais são perfeitamente aceitos, o que nos leva a próxima dica...

6º  Valores morais podem ser ignorados se é para um bem maior.
Acabe certa vez foi convencido por sua rainha-sacerdotisa-prostituta que ela solucionaria o problema de um proprietário que se recusava em vender um terreno que estava interessado. Inventou uma mentira tão hedionda, que provocou a morte daquele homem, o que o rei teve como aceitável.

Nas igrejas de Baal é comum vermos membros "menores" sendo esmagados por lideranças caprichosas. É para isso que Jezabel está lá: Se existe uma necessidade dos que estão no topo da pirâmide, um membro de base pode ser enganado, extorquido, roubado e ignorado. Entre cristãos, até viúvas e orfãos tem o mesmo valor dos mais abastados.

7º  Baal se não é surdo, é mudo.
Religião que se preze não tem interação da parte do deus que é cultuado. Embora seja declarado como UM poderoso deus, pode ser considerado surdo, para não ser chamado de mudo. Caso contrário, é perverso, ou o mais óbvio: não está “lá”.

A grande diferença nas religiões é que o Deus cristão tem tanto prazer em interagir com sua criação que se fez homem, e sabe exatamente o que sentimos, dispensando o uso de grandes sacerdotes e profetas especializados. Baais e Astaroths não interagem, seus sacerdotes explicam que eles nos ouvem porque estão em silêncio, ensinam que não fazem por não terem a oferta certa, e quando a oferta é certa, sua fé foi pouca.

8º A relação é sempre mercenária:
Seu lema é bíblico: “dê, e deus te devolverá mui grande medida sacudida e transbordante” e está embasada em plantações para este mundo. Você cultiva 100 dólares e terá 200 dólares. Você investe X, e terá X+. Sempre. Você faz sacrifícios, paga sua prestação onde eles estabelecerão que será a “nova casa do tesouro”(usando a regra teocrática de impostos para a Israel de 2000 anos atrás, quando o templo de Jerusalém ainda existia) e terá em troca o seu bem tão aguardado.
É toma lá, dá cá: Ofertou, recebeu.

O Deus cristão, embora possa transformar uma pequena bolha de vapor em uma tempestade capaz de solucionar anos de seca, não fará o que Baal propõem. Ele não se compromete com os entendimentos pessoais nos quais os servos de Baal garantem que serão cumpridos como termos de um contrato.

Entenda: Deus poderia fazer - materialmente falando – 100 vezes mais do que qualquer homem pudesse inventar em um deus que distribui bens e riquezas. Mas só porque alguém inventou que Deus faz, Ele não se obriga a fazer, mesmo que Jezabel tente convencê-Lo que desta forma seria melhor. Ele não cede a tentações, mesmo que o diabo em pessoa surja em seu momento maior de fraqueza humana.

9º  Em Baal, não há arrependimento.
Arrependimento é coisa de cristão. Esqueça de esperar que um discípulo de Baal recue, mesmo quando você provar, comprovar e re-comprovar que ele está no erro. Mesmo após derrotá-lo, mostrando o poder do verdadeiro Deus, ele será capaz de ameaçar o mais fiel dos crentes(mesmo os que já viram Deus em pessoa) dizendo que não foi derrotado, e prometerá sua destruído. Duvida? Pergunte a Elias, o profeta...

10º  Divisão e omissão:
Como já foi dito, o sistema hierárquico religioso é ideia do deus cananeu, mas além de dar a ideia de “castas” superiores e inferiores, existe uma outra função excelente: Você pega um casal, irmãos, amigos e os coloca em funções diferentes, tornando um superior e o outro, inferior, destruindo gradativamente a relação destes pares.

Fica mais fácil para seus sacerdotes manipularem individualmente. Qualquer cristão sabe que uma pessoa não deve andar só, já que quedas imprevisíveis devem ser consideradas na nossa rota.

Sacerdotes de baal usam essas quedas como prova de inferioridade das castas. E aí você pergunta: O que fazer quando um “superior”(que nada mais do que um ser humano com qualidades e defeitos, iguais a todos os outros) vier a cair? Simples; omita a queda. Quanto mais alto for o cargo entre os baalins, mais segredos esse suprassumo terá (até que torne um cínico, e acredite que sua posição proporciona que minta desta forma. Certamente, morrerá doente com doenças psicossomáticas).


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