29 de dezembro de 2010

Últimas Palavras de Grandes Homens - Alexander Seibel

Quais serão suas Últimas Palavras?Praticamente nada é mais esclarecedor do que o testemunho de moribundos. Mesmo mentirosos confessam então a verdade. Um olhar para o leito de morte revela muitas vezes mais do que todas as grandes palavras e obras em tempo de vida. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras. Muitos tiveram que reconhecer que edificaram sobre a areia, se entregaram a uma ilusão e seguiram a uma grande mentira. Aldous Huxley escreve no prefácio do seu livro “Admirável Mundo Novo”, que se deveria avaliar todas as coisas como se estivessem sendo vistas do leito de morte. “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12), diz a Bíblia.
VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.
DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.
HEINRICH HEINE, o grande zombador, arrependeu-se posteriormente. Ao final da sua vida, ele ainda escreveu a poesia: “Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”
De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”
CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”
TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”
CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”
MAZARINO: “Alma, que será de ti?”
HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”
SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”
GOETHE: “Mais luz!”
NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”
LêninLÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras. À nossa juventude revolucionária se assegura insistentemente e em alta voz, que isso não é verdade. Pois seria desagradável, ter que admitir que o ídolo de milhões se derrubou a si mesmo de maneira tão evidente.
SINOWYEW, o presidente da Internacional Comunista, que foi fuzilado por Stálin: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”
CHURCHILL: “Que tolo fui!”
YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”
YAROSLAWSKI, presidente do movimento internacional dos ateus: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim, Ele está aqui.”
JESUS CRISTO: “Está consumado.”
Voltaire, David Hume e outros, certamente teriam rido ou zombado, se em tempo de vida se explicasse a eles, que sem Jesus Cristo estariam eternamente perdidos. Apesar disso, eles tiveram que reconhecer que isso é verdade e que a Bíblia tem razão ao dizer: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Como você morrerá? Será muito tarde também para você? Quais serão suas últimas palavras?
Prezado leitor, temos que dizer-lhe, quer queira aceitá-lo ou não: Sem Jesus e sem o perdão dos pecados através do Seu sangue, você está perdido. Diante do Deus Santo, você está absoluta, total e eternamente perdido. Se você acha que com a morte tudo acaba, pertence às pessoas mais enganadas. Existe somente um que pode salvá-lo: JESUS CRISTO. Você acha realmente, que os homens anteriormente citados representaram uma comédia piedosa quando chegou o fim? Sem ter paz com Deus, a morte é uma terrível realidade, da qual o mundo foge. Não se gostaria de ouvir nada a respeito, ela é afastada dos pensamentos. Mas será que a política da avestruz é uma solução inteligente?
Você quer saber? — Se vier com seu coração a Jesus Cristo e realmente quiser paz com Deus, você pode dizer esta oração: “Senhor Jesus, por favor, perdoa toda a minha culpa e meus pecados, minha rebelião e minha vida própria. Agradeço-te porque morreste por mim e pagaste com teu sangue o preço pelos meus pecados. Por favor, entra agora em minha vida. Abro-te a porta do meu coração e te peço que a partir de agora sejas meu Senhor. Agradeço, porque me ouves e aceitas.” O que importa não é a formulação, mas a atitude do coração.
Jesus diz: “o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). Unicamente Jesus tirou o poder da morte.
Você pode agora passar por cima disso, seguro de si e com um sorriso, afastando dos seus pensamentos o que acabou de ler. Mas, mesmo assim, você não poderá fugir da morte. E então? “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (Sl 39.4-5). Por isso, o profeta Amós diz: “prepara-te..., para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12).
Alexander Seibel - http://www.chamada.com.br

27 de dezembro de 2010

O Mordomo Fiel - Marcos E. Fink

Deus é o Criador do Universo!"Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eu fiz a terra, os seres humanos e os animais que nela estão, com o meu grande poder e com meu braço estendido, e eu a dou a quem eu quiser" Jr 27:5. 
Deus criou todas as coisas e é o dono de tudo o que existe. Durante o período de nossa vida, ele coloca aos nossos cuidados dinheiro e bens, segundo a sua vontade, para que as nossas necessidades sejam supridas e para que possamos cumprir o seu propósito em nossas vidas. Ele também nos deu a responsabilidade de administrarmos fielmente tudo o que Ele criou (Gn 1:26), deixando-nos princípios para que pudéssemos cumprir diligentemente estas responsabilidades.
Por causa do pecado, as pessoas "trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre" (Rm 1:25). Este versículo explica porque é tão difícil lidar com as posses materiais de modo a agradar a Deus.
O cristão autêntico, que verdadeiramente deseja ser um discípulo de Jesus e que adora somente a Deus, realmente pode, auxiliado pelo Espírito Santo, se tornar um mordomo (ou administrador) fiel do dinheiro e das posses materiais, "digno de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio" (Lc 16:11a).

25 de dezembro de 2010

ADORAÇÃO AO BEZERRO DE OURO EX. 32,33


INTRODUÇÃO: Revisão da rota do êxodo.

PROPÓSITO: Levar você a considerar o caminho da disciplina espiritual

I.                   MOISÉS PASSA 40 DIAS NO MONTE SINAI

a)      Josué foi com Moisés e ficou até o final. Não se apartou dele  nem mesmo da Tenda da Congregação Ex. 24.13; 33. 11
b)      Hur e Arão ficaram com o povo durante o tempo;
c)      Como Moisés se demorava...

II.                O POVO SE DESVOU E ADOROU UM BEZERO DE OURO

a)      Arão, a bênção problemática que Moisés pediu a Deus pressionado pelo povo fez um bezerro e o povo acordou cedo.
b)      Beber, comer e transar. Uma louva orgia!
c)      Um verdadeiro carnaval, orgia entre muitos.

III.             O RETORNO DE MOISÉS

a)      O Senhor manda Moisés de volta;
b)      Moisés convida quem é do Senhor para punir os rebeldes;
c)      Todos os filhos de Levi mataram uns três mil homens.

IV.             A INTERSEÇÃO DE MOISÉS

a)      Moisés sobe para interceder pelo povo
b)      A Tenda da Congregação
·         Local provisório antes do Tabernáculo.

LIÇÕES CONCLUSIVAS:

  1. A ingratidão do povo para Deus e Moisés. Cuidado com coração ingrato diante de Deus;
  2. Cuide para também não ser como o povo de Deus que prefere olhar para traz a seguir adiante perseguindo os alvos e enfrentando os novos desafios que se aproximam;
  3. Nunca se afaste do referencial religioso. Os homens sem o referencial religioso tornam-se desenfreados para vergonha. A crença põe freios nos homens!
  4. A desobediência traz consigo castigos como consequência. Você colhe o que planta.
Pr. Almir Cruz

18 de dezembro de 2010

Você quer ficar Rico?

Marcos E. Fink
Veja este relato contido no livro Saia da Crise Financeira com a Ajuda de Deus, Lecio Dornas, MK Editora, Pág 64-65:
Joseph Adriwich descreve em seu livro 'Série Fashion', editado nos Estados Unidos em 1983, o retrato de gente que investe errado na vida.
Em 1923, reuniram-se no Edward Palace Hotel, em Chicago, os dez empresários mais bem-sucedidos do mundo. Eram eles o presidente de uma grande companhia de aço, o presidente do National City Bank, o presidente de uma grande companhia de aparelhos elétricos, o presidente de uma companhia de gás, o presidente do New York Stock, um grande especulador de trigo, um membro do gabinete do presidente da República, o diretor do maior monopólio do mundo, o líder da Wall Street e o presidente do Bank of International Starly.
Vinte e cinco anos mais tarde, em 1948, eis o que havia acontecido com oito deles: o presidente de uma grande companhia de aparelhos elétricos morreu como fugitivo da justiça, sem dinheiro e em terra estrangeira; o presidente de uma companhia de gás ficou completamente louco; o presidente no New York Stock esteve preso, mas foi solto da penitenciária; o grande especulador de trigo morreu no estrangeiro, falido; o membro do gabinete do presidente da República teve a sua pena diminuída para poder morrer em casa; e outros três tiveram o mesmo fim, suicidando-se.
Isso não é nenhuma alegoria. Isso é literatura séria, é fato histórico.
Você quer ficar Rico?Talvez não fosse necessário relatar uma história do século passado para perceber que a riqueza é um alicerce inconfiável, pois bastaria citar algumas das últimas notícias de escândalos de corrupção que vemos toda semana na mídia, ou lembrar de pessoas que ficaram famosas recentemente por coisas incríveis que fizeram por causa de riquezas. Mas, com isso em mente, podemos perceber mais facilmente o quanto o texto de 1Timóteo 6:9-10 é verdadeiro e extremamente atual: "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos" 1Tm 6:9-10.
Você acha que buscar riquezas é um objetivo nobre para a sua vida?
No último trecho do versículo 10, Paulo está dizendo que crentes desviaram da fé porque cobiçaram o dinheiro. O que fazer para não cair na tentação de querer ficar rico e colocar o coração nisso? Veja a orientação que Paulo dá a Timóteo no versículo 11: "Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso [o desejo de ficar rico] e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão" 1Tm 6:11.
Mesmo as riquezas adquiridas honestamente não garantem coisa alguma e são completamente vulneráveis. Por mais que elas proporcionem uma sensação de segurança, é uma sensação falsa. "Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso! As riquezas desaparecem assim que você as contempla; elas criam asas e voam como águias pelo céu" Pv 23:4-5. "Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus..." 1Tm 6:17.
É importante esclarecer que ser rico não é pecado, e, de fato, há muitas pessoas ricas piedosas e tementes a Deus, mas a Bíblia alerta veementemente que colocar a busca por riquezas como prioridade da vida leva a um caminho de afastamento de Deus. "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" Mt 6:24. Veja também Ec 5:10-15; Mc 4:18-19; Lucas 12:15 e Hb 13:5. Colocar a esperança no dinheiro também é tolice (Pv 11:4; Pv 23:4-5 e 1Tm 6:17). Compreender isso é básico para lidar com o dinheiro da maneira de Deus. Ele não quer que vivamos em função do dinheiro, mas sim, que usemos o dinheiro sendo mordomos fiéis que honram ao Senhor e que cumprem a Sua vontade.

14 de dezembro de 2010

O Acontecimento Mais Importante da História

Marcos E. Fink
Constantemente encontro pessoas que estão em busca da verdade. Elas crêem que existe algo que é a verdade, pois até o raciocínio lógico indica que a verdade existe, mas ainda não a encontraram. Procuram-na na filosofia e na religião. Algumas preferem confiar na sua própria razão, outras agem como se o dinheiro estivesse acima de tudo. Mas, infelizmente, esquecem-se de investigar cuidadosamente aquele que reivindicou ser a verdade.
Jesus Cristo Ressuscitou!Disse Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" Jo 14:6.
O apóstolo Paulo escreveu em 1Coríntios 15:3-6: "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e aos Doze. Depois, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez...".
Se a ressurreição de Jesus é uma farsa, realmente os cristãos são os mais dignos de compaixão, como o próprio apóstolo Paulo escreveu, no mesmo capítulo: "Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos de todos os homens, os mais dignos de compaixão" 1Co 15:19.
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos..." 1Co 15:20. Se Cristo realmente ressuscitou, esse é o acontecimento mais importante da História, pois, se Ele ressuscitou, tudo o que ensinou, pregou e disse que acontecerá no futuro é verdadeiro, e isso tem implicações sérias para mim e para você.
Há evidências suficientes para demonstrar que Jesus Cristo ressuscitou e que Ele é quem disse que era. Portanto, se você desconhece as implicações disso para a sua vida, recomendamos que tome conhecimento disso enquanto é tempo.
Conhecer isso, posicionar-se diante disso e viver de acordo com isso é incomparavelmente mais importante do que ter muito dinheiro e conforto nestes poucos anos (ou somente meses ou dias) que lhe restam nesta terra.
Para saber mais sobre esse assunto, leia a Bíblia (comece lendo o livro de João; leia 1Coríntios 15; estude o Novo Testamento e, depois, a Bíblia toda). Outros livros sugeridos: Conheça @Jesus (www.ajesus.com.br) e Mais que um Carpinteiro (www.editorabetania.com.br).
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre" Hb 13:8.
"Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" At 4:12.

8 de dezembro de 2010

O Exemplo de George Müller

Revista Impacto
George MüllerO gigante da fé, George Müller (1805-1898), nasceu na Alemanha, e converteu-se com idade de 20 anos numa missão morávia. Foi para a Inglaterra em 1829, onde trabalhou para o Senhor até o final de sua vida.

Em 1830, três semanas depois de seu casamento, Müller e sua esposa decidiram abrir mão de seu salário como pastor de uma pequena congregação, e depender exclusivamente de Deus para suas necessidades. Já desde o início, ele tomou a posição que manteria durante todo o seu ministério, de nunca revelar suas necessidades às pessoas, e de nunca pedir dinheiro de ninguém, somente de Deus. Ao mesmo tempo, decidiu que também nunca entraria em dívida por motivo algum, e que não faria reservas, nem guardaria dinheiro para o futuro.
Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas.
Seu maior trabalho foi dos orfanatos em Bristol, na Inglaterra. Começando com duas crianças, o trabalho foi crescendo com o passar dos anos, e chegou a incluir cinco prédios construídos por ele mesmo, com nada menos que 2000 órfãos sendo alimentados, vestidos, educados e treinados para o trabalho. Ao todo, pelo menos dez mil órfãos passaram pelos orfanatos durante sua vida. Só a manutenção destes órfãos custava 26 mil libras por ano. Nunca ficaram sem uma refeição, mas muitas vezes a resposta chegava na última hora. Às vezes sentavam para comer com pratos vazios, mas a resposta de Deus nunca falhava.

No decorrer da sua vida, Müller recebeu o equivalente a sete milhões e meio de dólares, como resposta de Deus. Além de nunca divulgar suas necessidades, ele tinha um critério muito rigoroso para receber ofertas. Por mais que estivesse precisando (pois em milhares de ocasiões não havia recursos para a próxima refeição), se o doador tivesse outras dívidas, se tivesse evidência de que havia alguma atitude errada, ou alguma condição imprópria, a oferta não era aceita.

E mesmo quando tinha certeza de que Deus estava dirigindo para ampliar o trabalho, começar uma outra casa, ou aceitar mais órfãos, ele nunca incorria em dívidas. Aquilo que Deus confirmava como sua vontade certamente receberia os recursos necessários, e por isto nunca emprestava nem contraía obrigações sem ter o necessário para pagar.
A seguir, um trecho da sua autobiografia, onde ele define sua posição com relação a dívidas:

Minha esposa e eu nunca entramos em dívidas porque acreditávamos que era contrário às Escrituras (Rm 13.8). Por isto, nunca tivemos contas para o futuro com alfaiate, açougue, padaria ou mercado. Pagamos por tudo em dinheiro. Preferimos passar necessidade do que contrair dívidas. Desta forma, sempre sabemos quanto temos, e quanto podemos dar aos outros. Muitas provações vêm sobre os filhos de Deus por não agirem de acordo com Romanos 13.8.

Alguns podem perguntar: Por que você não compra o pão, ou os alimentos do mercado, para pagar depois? Que diferença faz se paga em dinheiro no ato, ou somente no fim do mês? Já que os orfanatos são obra do Senhor, você não pode confiar que ele supra o dinheiro para pagar as contas da padaria, do açougue, e do mercado? Afinal, todas estas coisas são necessárias para a continuidade da obra.

Minha resposta é a seguinte: Se esta obra é de Deus, certamente ele tanto quer como é capaz de suprir todo o necessário. Ele não vai necessariamente prover na hora que nós achamos que deve. Mas quando há necessidade, ele nunca falha. Podemos e devemos confiar no Senhor para suprir-nos com o que precisamos no momento, de forma que nunca tenhamos que entrar em dívida.

Eu poderia comprar um bom estoque de mantimentos no crediário, mas da próxima vez que estivéssemos em necessidade, eu usaria o crediário novamente, ao invés de buscar o Senhor. A fé, que somente se mantém e se fortalece através de exercitar, ficaria mais e mais fraca. No fim, provavelmente acabaria atolado em grandes dívidas, sem perspectiva de sair delas.

A fé se apóia na Palavra Escrita de Deus, mas não temos nenhuma promessa de que ele pagará nossas dívidas. A Palavra diz: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma" (Rm 13.8), e: "Quem nele crer não será de modo algum envergonhado" (1 Pe 2.6). Não temos nenhuma base bíblica para entrar em dívidas.

Nosso alvo é mostrar ao mundo e à igreja que mesmo nestes dias maus do tempo do fim, Deus está pronto para ajudar, consolar, e responder às orações daqueles que confiam nele. Não precisamos recorrer a outras pessoas, nem seguir os caminhos do mundo. Deus tanto é poderoso, como desejoso, de suprir todas nossas necessidades no seu serviço.
Consideramos um precioso privilégio continuar a esperar no Senhor somente, ao invés de comprar mantimentos no crediário, ou de emprestar de bondosos amigos. Enquanto Deus nos der graça, olharemos somente para ele, mesmo que de uma refeição para a próxima tivermos que depender do seu suprimento. Já faz dez anos que trabalhamos com estes órfãos, e ele nunca permitiu que passassem fome. Ele continuará a cuidar deles no futuro também.
Estou profundamente consciente da minha própria incapacidade e dependência no Senhor. Pela graça de Deus, minha alma está em paz, embora dia após dia tenhamos que esperar a provisão milagrosa do Senhor para nosso pão diário.
Extraído da Revista Impacto (www.revistaimpacto.com.br), nº 25.

3 de dezembro de 2010

A Moeda Corrente do Céu - Mark Biller

Que prioridades e valores definem minha vida?
"Só uma vida, logo passará; apenas o que foi realizado para Cristo durará". Quando meu cunhado Jim tinha 18 anos, recebeu o diagnóstico de que tinha um tumor cerebral maligno e que teria apenas alguns meses para viver. Entretanto o Senhor tinha outros planos, e após o tratamento, Jim viveu uma vida plena durante os vinte e dois anos que se seguiram. Neste último verão o tumor inesperadamente retornou, e desta vez ficou claro que os tratamentos médicos não iriam salvá-lo. Novamente disseram-lhe que só lhe restavam alguns meses de vida, e desta vez era verdade.
Durante seu culto fúnebre, o pastor pregou uma mensagem de salvação, porque era o que Jim desejava. Durante o culto, foi dada oportunidade para que as pessoas pudessem falar sobre Jim. Uma por uma, as pessoas compartilhavam breves histórias que se lembravam. E como cores que se iam acrescentando sobre uma tela, um retrato começou a emergir.

Havia histórias sobre as muitas viagens missionárias que Jim havia realizado. Recordações de aguardar por Jim enquanto ele terminava de conversar com um estranho que ele tinha ajudado. Histórias de ir a um passeio algumas semanas antes que Jim morresse e vê-lo derramar-se em lágrimas de preocupação por três amigos pelos quais ele estava orando, pedindo que viessem a conhecer o Senhor Jesus. Uma observação simples, mas profunda, resumiu as coisas: "Jim era um irmão para qualquer que precisasse de um, e um amigo para qualquer que desejasse um”.

Refletindo depois, eu pensei, "foi exatamente o culto que Jim desejava". Não por razões superficiais tipo, quais pessoas vieram, ou quais cânticos tinham sido escolhidos, mas por causa do modo como ele foi lembrado. A conduta externa de Jim durante sua vida refletia os valores internos mais importantes para ele. Como resultado, mesmo quando nos lembramos do seu passado, as recordações que ele deixou conosco mantinham-se apontando para o seu futuro.
Outra observação durante o funeral me fez levar muito mais tempo para que eu pudesse absorvê-la completamente. Quando Jim foi informado que só teria alguns meses a mais de vida, não fez nenhum ajuste significante no seu dia a dia. Pense nisso! Se você só tivesse dois meses a mais de vida, gastaria este tempo vivendo precisamente como vive agora? O próximo fim de semana se assemelharia ao passado, se você só tivesse apenas um punhado de fins de semana para viver? No caso de Jim, sua vida diária foi afinada à freqüência das prioridades que ele já tinha definido, assim, havia muito pouco para mudar.

Tudo isso me fez enfrentar a questão: "Que prioridades e valores definem minha vida?" Muito freqüentemente sou inclinado a responder esta questão baseado em minhas intenções em lugar de minhas ações, ou seja, naquilo que sei que meus valores deveriam ser. Mas realmente, nossas ações são a indicação mais verdadeira. Nesta base, meu desempenho não é tão bom como eu gostaria. Graças a Deus, cada um de nós tem a oportunidade de proativamente moldar as características definidoras de nossa vida, se estivermos dispostos a fazer o esforço exigido para alcançarmos este objetivo. Gosto muito da história de Alfred Nobel, relatada por Randy Alcorn em seu livro "A Chave do Tesouro":
Alfred Nobel derrubou o jornal e levou as mãos à cabeça. Foi no ano de 1888. Nobel era um químico sueco que fez fortuna ao inventar e produzir a dinamite. Seu irmão Ludvig havia morrido na França. Mas agora a aflição de Alfred pela morte do irmão transformou-se em completo desânimo. Ele tinha acabado de ler seu obituário em um jornal francês - não o obituário do seu irmão, mas o seu próprio! Um editor tinha confundido os irmãos. A manchete dizia "O Comerciante da Morte Está Morto". O obituário de Alfred Nobel descrevia um homem que tinha ficado rico ajudando pessoas a se matarem. Chocado por esta avaliação de sua vida, Nobel resolveu usar sua riqueza para mudar seu legado. Quando morreu oito anos depois, deixou mais de 9 milhões de dólares de fundos para premiar pessoas cujo trabalho beneficiasse a humanidade. Os prêmios ficaram conhecidos como Prêmio Nobel. Alfred Nobel teve uma oportunidade rara - olhar para a avaliação do final de sua vida e ainda ter a chance para mudá-la. Antes de sua vida acabar, Nobel teve a certeza de que tinha investido sua riqueza em algo de valor duradouro.

Cada um de nós escolhe, ativa ou passivamente, como investimos nosso tempo e tesouro. O homem sábio investe sua vida cuidadosamente, usando as moedas correntes temporárias desta vida para ganhar riquezas que sempre durarão.
 
Mark Biller (Sound Mind Investing) Artigo original em inglês "The currency of heaven", no site www.soundmindinvesting.com.

1 de dezembro de 2010

John Wesley e o dinheiro - parte 1


Eis a história e os conselhos de um homem que sabia como ganhar dinheiro... e como gastá-lo.

Por Charles Edward White

Na infância, Wesley conheceu a pobreza. Samuel, seu pai, era pároco anglicano em uma das paróquias que menos pagava na Inglaterra e tinha nove filhos para alimentar e vestir. John via sempre o pai endividado e uma vez o viu ser preso por causa de dívidas. Entretanto, embora tivesse seguido a vocação do pai, John não enfrentou a mesma pobreza. Em vez de se limitar a uma paróquia, sentiu a orientação de Deus para dar aulas na Universidade de Oxford. Foi eleito membro do Lincoln College e sua situação financeira mudou completamente. Passou a receber pelo menos 30 libras por ano - mais do que suficiente para sustentar um homem solteiro. Parece que ele apreciou sua relativa prosperidade enquanto dava aulas, e gastava o dinheiro jogando, fumando e bebendo. Um fato ocorrido em Oxford alterou sua perspectiva frente ao dinheiro. Ele havia acabado de comprar quadros para seu quarto quando uma das camareiras chegou à sua porta. Era inverno, e ele reparou que ela só tinha um vestido fino de linha para protegê-la do frio. Enfiou a mão no bolso para dar dinheiro para ela comprar um casaco e descobriu que sobrara muito pouco. Entendeu então que Deus não estava contente com a forma como ele gastava seu dinheiro. Perguntou a si mesmo:
“Será que teu Mestre dirá: 'Bem está, servo bom e fiel?' Adornaste tuas paredes com o dinheiro que poderia ter protegido essa pobre criatura do frio! Ó justiça! Ó misericórdia! Esses quadros são o sangue dessa pobre empregada'” (trecho de Sobre roupas).
Talvez como reflexo desse acontecimento, Wesley passou a limitar seus gastos, para ter dinheiro para dar aos pobres. Ele anotou em um ano que sua renda havia sido 30 libras, seus gastos para viver, 28 libras e, então, tinha 2 libras para doar. No ano seguinte a renda dobrou, mas ele gastou as mesmas 28, então pôde doar 32. No terceiro ano, a renda pulou para 90 libras. De novo, ele viveu com 28 e doou 62. No quarto ano, ganhou 120 libras, gastou 28 e deu 92 para os pobres.
Wesley pregava que os cristãos não deviam se limitar ao dízimo, mas sim dar toda renda extra depois de atender as necessidades da família e pagar os credores. Ele acreditava que, com o aumento de renda, o cristão deveria elevar seu padrão de doação, não seu padrão de vida. Mesmo quando a renda dele subiu para milhares de libras, ele continuou a viver em simplicidade e doava logo todo o dinheiro que sobrava. Em determinado ano, a renda dele foi um pouco maior do que 1.400 libras. Ele ficou com apenas 30 e doou todo o restante. Ele temia acumular tesouros na terra, de modo que o dinheiro ia para caridade assim que ele o recebia. Ele contou que nunca possuiu mais do que 100 libras ao mesmo tempo.
Entre as maneiras como Wesley limitava seus gastos estava a vida sem luxos e a identificação com os necessitados. Pregava que os cristãos deveriam se considerar pobres a quem Deus entregou dinheiro para ajudar. Colocava suas palavras em prática, vivendo e comendo com os pobres. Sob a liderança de Wesley, metodistas de Londres estabeleceram na cidade duas casas para abrigar viúvas. Eram sustentadas por ofertas levantadas nas reuniões e na Ceia do Senhor. Em 1748, Wesley morava nas mesmas acomodações, com qualquer outro ministro metodista que estivesse na cidade. Ele se alegrava por comer da mesma comida à mesma mesa, esperando ansioso pelo banquete celestial que todos os cristãos irão compartilhar.
João Wesley não se identificava com os pobres apenas compartilhando alimento, moradia e abrindo mão de luxos. Às vezes deixava de atender algumas de suas necessidades para doar o dinheiro. Durante quase quatro anos se alimentou basicamente de batatas. Isso não era para melhorar a saúde, mas também para poupar: - “O que eu economizo em minha carne irá alimentar alguém que não tem nada”.
Em 1744, Wesley escreveu: “[Quando eu morrer], se deixar dez libras... você e toda a humanidade [podem] testemunhar contra mim, que vivi e morri como ladrão e assaltante”. Quando ele morreu, em 1791, o único dinheiro citado em seu testamento foi a miscelânea de moedas encontradas em seus bolsos e gavetas. Havia doado a maior parte das 30 mil libras que ganhou em toda a sua vida.

Os conselhos de Wesley
E qual a orientação de Deus para os cristãos usarem seus recursos financeiros? Wesley apresentou quatro prioridades bíblicas:

1.Providencie tudo que for necessário para você e sua família (1 Timóteo 5.8). O crente deve assegurar que sua família tenha satisfeitas as necessidades e confortos, ou seja, “alimento suficiente e saudável para comer e roupas limpas para vestir”, assim como um lugar para morar. Deve ainda assegurar que a família tenha como viver caso aconteça alguma coisa com a pessoa que ganha o sustento.

2.“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Timóteo 6.8). Como os cristãos decidem quanto gastar com eles mesmos e com a família? Qual é o limite? Wesley respondeu citando as palavras de Paulo a Timóteo. Acrescentou que a palavra traduzida como “vestir” significa literalmente “cobrir”, o que inclui residência além de roupas. E prossegue: “Segue-se, claramente, que tudo que ultrapassar isso é, aos olhos do apóstolo, riqueza. Ou seja, tudo o que vai além das necessidades básicas ou, no máximo, das conveniências. Qualquer pessoa que tiver o suficiente para comer, roupa para vestir, um lugar para deitar a cabeça e mais alguma coisa é rica” (trecho de O perigo da riqueza).

3.“Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos”; e “não devam nada a ninguém” (Romanos 12.17; 13.8). Wesley disse que a forma seguinte de gastar o dinheiro é pagar aos credores e acrescentou que os que possuem negócios próprios precisam de ferramentas, estoque ou capital adequados para fazerem o negócio prosperar.

4.“Enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gálatas 6.10). Depois que o cristão cuidou da família, dos credores e de seu negócio, a obrigação seguinte é usar todo o dinheiro que sobrar para atender as necessidades dos outros. Wesley ensinou que Deus dá dinheiro aos seus filhos para que eles atendam suas necessidades razoáveis e espera que, depois eles lhe devolvam o restante, dando aos pobres. Deus quer que todos os seus filhos se considerem “apenas um dos pobres, cujas carências foram supridas por parte da substância de Deus que Ele colocou nas mãos deles com essa finalidade”. Então, Deus irá perguntar:
“Foste um benfeitor da humanidade? Alimentaste os famintos, vestiste os despidos, confortaste os enfermos, ajudaste o estrangeiro, acalmaste os aflitos, segundo o que cada um necessitava? Foste olhos para o cego, pés para o aleijado? Pai para os órfãos e marido para as viúvas?” (trecho de O bom mordomo).

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Os crentes devem lembrar que são pobres a quem Deus entregou dinheiro para ajudar e que devem viver vidas sem luxos. Jonh Wesley (Personalidade Metodista)